terça-feira, 8 de março de 2011

ou apenas uma imagem


Na imagem refletida na água era um caminho longo demais e que se balançava em leves movimentos, o vento brando sobre o lago. Um longo caminho ao mesmo tempo deserto e um som vindo bem de longe enquanto nas árvores reluziam um dourado que brilhava tanto até confundir a nitidez das folhas que se movimentavam e a nitidez das folhas paradas por completo, formosas as folhas mesmo as mais recuadas como se fossem tão sem vigor. A imagem suscitava indagações, ela refletida no espelho sobre as águas diante dos olhos do homem, a veracidade de um quadro pintado e exposto na parede da memória, e nada era naquele instante, mas outro o instante que talvez nunca tenha existido, quando a realidade pode se confundir com a imagem, apenas uma imagem, apenas.

Um comentário:

  1. Tirar de uma imagem uma poesia do que vê e do que sente diante dela.

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