Um rio imenso e águas que parecem o infinito embora as suas margens logo ali de um lado e de outro, e nada mais é infinito se agora os pés sobre chão depois do azul das águas movimentando o reflexo dos céus, paisagens na travessia do rio ilustram pensamentos e expectativas que movimentam o corpo o peito a alma tudo sobre as águas num balançar não apenas silencioso
Não apenas.
O cais
(que na apreensão do desejo revela um caminho que parece imenso diante da travessia sobre as águas cristalinas)
é o mais belo lugar no exato instante em que tudo se faz ser alguma felicidade, e tão perto o corpo o peito e a alma ofegando a emoção quase suave
e depois a avenida iluminada pelas luzes tornando-a uma planície luminosa enquanto o corpo e o peito se misturavam em meio à emoção, e o desejo pulsando forte do lado de cá na margem do rio noturno
até que no corpo o prazer fez seu leito e então repousou-se
e até que o retorno e a travessia outra vez, quando era a noite que iluminava as águas ainda cristalinas e o corpo o peito e a alma bailavam a travessia.
A travessia do pensamento... da palavra escrita, da imaginção...do Tejo e suas águas que movimentadas de desejos, de sonhos, de tantas palavras que flutuam na imginação do artista. Do artista, Ismar, do escritor, do romancista.
ResponderExcluirAdorei o texto!!!
Cláudia.
É um prazer passear por um sítio e encontrar uma leitura que consegue levar o leitor para além do óbvio. É assim, ler e ficar imbuido de imagens não apenas do texto mas também a partir do texto e a construção pessoal de cada um. Digo pra já que eu também adorei o que li e fico aqui em mais uma viagem pelo meu mundo. É isso! É isso!
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