"[...] a mala se esvaziando, a mala se esvaziando, veementemente se esvaziando, sem nem mesmo alguma peça de roupa ter sido, pelo menos, dobrada e guardada dentro dela. A mala ainda vazia, completamente vazia, e já se esvaziando, se esvaziando, o fundo, o fundo da mala tão escuro de tamanha profundidade, e totalmente escancarado para o nada. Nada ali dentro da mala que seria tão pequena para o tanto a ser transportado, e o denso cheiro de vazio dentro da sua imensidão."
domingo, 30 de dezembro de 2012
A ponte, apesar do rio
Estive pensando a respeito do que foi dito ontem na beira do rio. Novamente, o rio. O rio correndo calmo entre as margens das cidades com semelhanças e oposições, assim como podem ser as pessoas, uma coisa e outra ao mesmo tempo, e uma das coisas predomina e define aquilo que seria unidade. Por terem semelhanças, podem ser entrelaçadas numa espécie de gozo que se prolonga e se abranda em alguma superfície sobre ondas calmas; e por serem opostas a unidade se desfaz em camadas sobre uma rocha sem forma determinada.
- Mas, e a ponte? A ponte entre as duas cidades e pessoas?
Não vê que a ponte surge impetuosa e simples para interligar o que resiste ao tempo, exatamente pelas suas distâncias? Não vê que a ponte surge imponente e simples sobre o rio e assim constrói uma unicidade? Não vê que este momento foi devido à ponte, apesar do rio?
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isso precisa ser continuado...num conto, numa crônica, num dia! beijos, ismar querido!
ResponderExcluirelvira
Ismar, meu amado, sua escrita é a ponte.
ResponderExcluirA ponte que une os seus leitores à beleza...
Isso vai continuar num belo livro.
Bjs,
C.
Ismahelson, parabéns pelo blog. Muitas saudades! Abraço!
ResponderExcluirCláudia Cavalcante
Não vê que este momento foi devido a ponte, apesar do rio?
ResponderExcluirEste momento de leitura foi exatamente para me sentir mais perto de quem tanto amo,você ISMAR! Sua escrita me faz voltar a tudo de melhor vivido em minha vida, saudade............
Kátia Veiga