"[...] a mala se esvaziando, a mala se esvaziando, veementemente se esvaziando, sem nem mesmo alguma peça de roupa ter sido, pelo menos, dobrada e guardada dentro dela. A mala ainda vazia, completamente vazia, e já se esvaziando, se esvaziando, o fundo, o fundo da mala tão escuro de tamanha profundidade, e totalmente escancarado para o nada. Nada ali dentro da mala que seria tão pequena para o tanto a ser transportado, e o denso cheiro de vazio dentro da sua imensidão."
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Paredes de vidro
E porque as vestes não eram,
a nudez novamente
diante de uma avidez das horas interiores.
As horas alheias ao tempo lá fora
Lá fora
Do outro lado das paredes de vidro: mundos desconhecidos.
Lá fora.
E dentro,
o desejável revelando-se impossível.
Tudo antes impensável, e depois
Tantas coisas preenchendo lacunas do que antes nunca seria.
As lacunas do que antes era nada além do apenas novamente
Nada além de um instante.
E, depois,
Tempos depois,
um sabor estranho demais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário