"[...] a mala se esvaziando, a mala se esvaziando, veementemente se esvaziando, sem nem mesmo alguma peça de roupa ter sido, pelo menos, dobrada e guardada dentro dela. A mala ainda vazia, completamente vazia, e já se esvaziando, se esvaziando, o fundo, o fundo da mala tão escuro de tamanha profundidade, e totalmente escancarado para o nada. Nada ali dentro da mala que seria tão pequena para o tanto a ser transportado, e o denso cheiro de vazio dentro da sua imensidão."
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Há Noites
Amanheceu com vontade de escrever um poema que anunciasse o quão aquela noite havia sido bela.
Bela e agradável a noite
ao som de uma mistura de gêneros musicais.
Para o seu contentamento, nada era clássico, nada era “brega”
nada era cult, nada era pop
nada era
jazz
soul
nada além de uma melodia
frases inteiras dentro da melodia,
bem ao longe,
e bem perto era uma sensação flutuante
e o desejo de compartilhar aquele instante no poema tão bonito e que começasse assim:
há noites que são radiantes,
um alento,
uma nuvem leve se aconchegando em nossos braços,
e os nossos corpos bailando,
bailando,
bailando...
Há noites.
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Há noites...E entre uma e outra, há dias...Daqui, imagino o revirar da lua para o sol!
ResponderExcluirBeijos,
belo texto!
Elvira