sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

a folha, a pedra e o rio


Preciso escrever qualquer coisa hoje e não encontro nada,
talvez a pedra que hoje vi no meio da rua
talvez a folhagem seca, seca mas bela, tão bela flutuando ao movimento do vento frio, bem frio,
aconchegante o frio e o bailar da folha, folhagens, as folhas cobrindo a pedra no meio do caminho.

Preciso escrever qualquer coisa hoje,
e lá fora encontro as palavras envolvendo as sensações,
algumas leves, tão leves e suaves e outras assim,
meio assim as sensações e eu sem saber ao certo se é a leveza ou se a correnteza é outra,
a correnteza no rio,
o rio dentro de mim e eu dentro do rio, lá dentro, lá dentro, eu navegando no rio,
a pedra e a folhagem dentro do rio, a folha flutuando, flutuando,
a folha tão bela flutuando no rio e a pedra lá no fundo
do rio.

Preciso escrever qualquer coisa hoje,
talvez eu fale de uma pedra no meio da estrada e tão logo eu fale de um rio,
mas antes e depois falarei da folha, a folha flutuando ao movimento do vento frio,
tão frio e suave, apenas o vento é o frio.