"[...] a mala se esvaziando, a mala se esvaziando, veementemente se esvaziando, sem nem mesmo alguma peça de roupa ter sido, pelo menos, dobrada e guardada dentro dela. A mala ainda vazia, completamente vazia, e já se esvaziando, se esvaziando, o fundo, o fundo da mala tão escuro de tamanha profundidade, e totalmente escancarado para o nada. Nada ali dentro da mala que seria tão pequena para o tanto a ser transportado, e o denso cheiro de vazio dentro da sua imensidão."
sábado, 23 de março de 2013
Palavras no papel em branco
Tão simples o papel em branco sem nada
Exposto sobre a mesa ampla sem nada mais
Nada mais além do papel em branco à espera de quaisquer palavras
que caibam perfeitas na melodia que ecoa na sala cheia de móveis brancos e as flores amarelas enfeitando os dois jarros de cristal.
A canção intensa sem palavras escritas, lidas
As palavras imaginadas enquanto a canção promove intraduzíveis imagens de tão grandioso instante.
O papel em branco cheio de palavras invisíveis
Palavras e palavras invisíveis e tão marcantes como se fossem impressas em tábuas e pedras, em rochas e troncos
des
li
zan
do
As palavras deslizando entre o doce silêncio da alma e a cumplicidade do papel em branco e silencioso,
guardando a eternidade de um instante enfeitado de flores reluzindo em seus cristais.
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