"[...] a mala se esvaziando, a mala se esvaziando, veementemente se esvaziando, sem nem mesmo alguma peça de roupa ter sido, pelo menos, dobrada e guardada dentro dela. A mala ainda vazia, completamente vazia, e já se esvaziando, se esvaziando, o fundo, o fundo da mala tão escuro de tamanha profundidade, e totalmente escancarado para o nada. Nada ali dentro da mala que seria tão pequena para o tanto a ser transportado, e o denso cheiro de vazio dentro da sua imensidão."
domingo, 21 de julho de 2013
Apenas
Foi até a estante
Cheia de livros nunca lidos
Alguns apenas folheados
E livros lidos e relidos.
Tantas frases grifadas, anotações rabiscadas
Marcando instantes consagrados pelo tempo.
Queria ler um clássico!
Não.
Queria ler um contemporâneo!
Não.
Olhou o instante
Viu tantos títulos
E não se interessou por nenhum
Não naquele momento.
Pegou um papel
Um lápis
Uma caneta
Repousou a caneta
E com um grafite começou a transcrever uma poesia.
Erudita!
Não.
Contemporânea!
Não.
Queria mesmo era eternizar aquela sensação inexplicável.
Apenas isso.
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