"[...] a mala se esvaziando, a mala se esvaziando, veementemente se esvaziando, sem nem mesmo alguma peça de roupa ter sido, pelo menos, dobrada e guardada dentro dela. A mala ainda vazia, completamente vazia, e já se esvaziando, se esvaziando, o fundo, o fundo da mala tão escuro de tamanha profundidade, e totalmente escancarado para o nada. Nada ali dentro da mala que seria tão pequena para o tanto a ser transportado, e o denso cheiro de vazio dentro da sua imensidão."
segunda-feira, 22 de julho de 2013
O quarto
Imprimiu no pensamento um quadro de Van Gogh
O quarto silencioso
A cama vazia
As cadeiras vazias
A porta fechada
Os quadros inclinados sobre a cama e sobre o piso tão gasto
A janela entreaberta
E o espelho a refletir paisagem sem movimento.
Tudo em silêncio, mas um silêncio em cores.
Tudo vazio, mas um vazio que não é o nada.
Algum paradoxo?
Por vezes, tudo parece expectativa
diante da janela apenas encostada.
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E depois de abrir a janela, antes apenas encostada, vislumbrou um novo horizonte, uma nova terra, um novo existir.
ResponderExcluirDeixou as camas, as cadeiras e a porta fechada, levou cuidadosamente apenas o silêncio.
Bjs e saudade,
Cláudia.